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Santosclín

JULGAMENTO E LOGOTERAPIA

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O que nos faz julgar as pessoas? Reflexões sobre o preconceito e a importância do repertório

Julgar é um ato tão automático quanto respirar. Muitas vezes, julgamos sem perceber, baseados em estereótipos, aparências ou padrões culturais enraizados. Mas o que, de fato, nos leva a julgar as pessoas? Neste artigo, vamos refletir sobre as raízes do julgamento, a importância de desenvolver repertório para analisar com mais profundidade e a necessidade de enxergar a individualidade de cada ser humano. Afinal, nem sempre o que parece é, e o preconceito é um obstáculo real para a convivência harmoniosa.

Letícia Santana

29.abr.2025 | Tempo de leitura: 10 minutos

JULGAMENTO E LOGOTERAPIA

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O que nos faz julgar as pessoas? Reflexões sobre o preconceito e a importância do repertório

Julgar é um ato tão automático quanto respirar. Muitas vezes, julgamos sem perceber, baseados em estereótipos, aparências ou padrões culturais enraizados. Mas o que, de fato, nos leva a julgar as pessoas? Neste artigo, vamos refletir sobre as raízes do julgamento, a importância de desenvolver repertório para analisar com mais profundidade e a necessidade de enxergar a individualidade de cada ser humano. Afinal, nem sempre o que parece é, e o preconceito é um obstáculo real para a convivência harmoniosa.

Letícia Santana

29.abr.2025 | Tempo de leitura: 10 minutos

É comum, diante de um novo encontro, uma situação inusitada ou uma diferença cultural, que nosso primeiro impulso seja julgar. O julgamento é uma ferramenta evolutiva que ajudou nossos ancestrais a identificar ameaças rapidamente. No entanto, no mundo atual, esse mecanismo muitas vezes gera preconceitos injustos e nos impede de enxergar o outro como ele realmente é.

A tendência de julgar está ligada à necessidade humana de categorizar. Nosso cérebro busca padrões para economizar energia cognitiva. Quando nos deparamos com algo desconhecido ou desconfortável, tendemos a enquadrar a experiência em categorias já conhecidas, o que nos leva a julgamentos apressados e superficiais.

Outro fator determinante é o repertório pessoal. Quanto mais limitada nossa vivência, mais restritas são nossas lentes de observação. Por isso, é essencial buscar conhecimento, diversificar experiências, dialogar com diferentes culturas e realidades. Como diz Viktor Frankl,

“Quando não podemos mais mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos.”

Julgar sem conhecer é agir com preconceito — ou seja, “conceber antes de conhecer”. Essa atitude impede a verdadeira empatia, que é base da conexão humana e da construção de sentido.

A aparência externa raramente revela a complexidade interna. Uma pessoa pode parecer fria, mas estar lidando com uma dor profunda. Outra pode demonstrar alegria excessiva para mascarar uma depressão silenciosa.

“O homem não é um ser que apenas é; ele é um ser que se torna, que se decide, que se ultrapassa”

ensina Frankl.

Viktor Frankl

Assim, antes de julgar, é fundamental exercitar a empatia e a curiosidade respeitosa. Em vez de concluir rapidamente sobre o outro, podemos nos perguntar: “O que pode haver por trás dessa atitude?”. É nesse espaço de abertura que construímos relações mais humanas e maduras.

Além disso, é preciso reconhecer que, mesmo com muito repertório, ainda assim seremos limitados. O verdadeiro aprendizado está em manter-se humilde diante da vastidão da experiência humana. E ao fazer isso, deixamos de apenas “ver” as pessoas para, finalmente, “enxergá-las”.

Refletir sobre o ato de julgar é um convite para a expansão da consciência, para a construção de sentido e para o florescimento de relações mais autênticas. Afinal, muito mais importante do que parecer certo é ser justo. Muito mais importante do que “entender” é acolher.

Conheça a Santosclín

A Santosclín é a primeira clínica de Psicologia e Logoterapia do Vale do Paraíba, oferecendo um atendimento humanizado em psicoterapia e acessível para quem busca equilíbrio emocional, propósito de vida e autoconhecimento. Nossa missão é diminuir o índice de ansiedade e depressão da cidade em que atuamos, proporcionando um espaço acolhedor onde cada pessoa possa encontrar sentido para sua existência.

Na Santosclín, acreditamos que a transformação começa no interior de cada um. Se você busca um novo olhar sobre a vida, estamos aqui para caminhar com você!

Referências bibliográficas:

    • Frankl, Viktor E. Em busca de sentido: Um psicólogo no campo de concentração. Editora Vozes.
    • Bauman, Zygmunt. Identidade. Zahar.
    • Tavares, Marcelo. Psicologia do Preconceito: Teoria e Análise. Editora Atlas.
    • Santosclín Blog: https://santosclin.com.br

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