LOGOTERAPIA
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Por que fazemos o que fazemos? Descobrindo as motivações por trás de nossos comportamentos à luz da Logoterapia
Você já se perguntou por que repete determinados comportamentos mesmo quando eles não trazem os resultados que deseja? Por que reage de certas formas diante de desafios ou repete padrões herdados da infância? Neste artigo, vamos refletir sobre a origem de nossas ações e escolhas à luz da Logoterapia de Viktor Frankl. Abordaremos como a influência dos pais, amigos e da sociedade molda nossas atitudes, e como é possível sair do piloto automático e tomar as rédeas da própria vida com mais consciência, responsabilidade e sentido.
Letícia Santana
28.abr.2025 | Tempo de leitura: 10 minutos
LOGOTERAPIA
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Por que fazemos o que fazemos? Descobrindo as motivações por trás de nossos comportamentos à luz da Logoterapia
Você já se perguntou por que repete determinados comportamentos mesmo quando eles não trazem os resultados que deseja? Por que reage de certas formas diante de desafios ou repete padrões herdados da infância? Neste artigo, vamos refletir sobre a origem de nossas ações e escolhas à luz da Logoterapia de Viktor Frankl. Abordaremos como a influência dos pais, amigos e da sociedade molda nossas atitudes, e como é possível sair do piloto automático e tomar as rédeas da própria vida com mais consciência, responsabilidade e sentido.
Letícia Santana
28.abr.2025 | Tempo de leitura: 10 minutos
Vivemos em uma sociedade em que muitos dos nossos comportamentos são aprendidos e repetidos sem que tenhamos plena consciência disso. Desde os primeiros anos de vida, somos influenciados por nossos pais, familiares, professores e amigos. Absorvemos normas, valores, padrões de comportamento e crenças que nos são apresentados como verdades. Essas influências moldam o modo como enxergamos o mundo, como reagimos diante das adversidades e até mesmo como escolhemos o que é ou não importante para nós.
A cultura em que estamos inseridos também exerce um papel fundamental nessa construção. A mídia, as redes sociais, o ambiente escolar e o mundo corporativo nos bombardeiam com mensagens sobre sucesso, felicidade, produtividade e padrão de vida. Sem perceber, vamos internalizando tudo isso e agindo de forma automática, como se estivéssemos em um modo “piloto automático”.
Mas a grande questão é:
Será que precisamos continuar vivendo assim?
Será que é possível romper com padrões inconscientes e redescobrir o verdadeiro sentido da nossa existência?
Viktor Frankl, psiquiatra austríaco e criador da Logoterapia, nos oferece ferramentas valiosas para essa jornada de autoconhecimento. Para ele, o ser humano não está determinado apenas pela biologia, psicologia ou condições socioculturais. Temos liberdade para nos posicionar frente à nossa realidade e assumir a responsabilidade por nossas escolhas. Ou seja, podemos decidir conscientemente como agir, mesmo diante de situações difíceis.
Frankl propôs que a busca pelo sentido da vida é a principal motivação do ser humano. Isso significa que, mais do que simplesmente reagir aos estímulos externos ou repetir padrões herdados, somos chamados a encontrar propósito em cada experiência, mesmo nas mais desafiadoras.

Viktor Frankl palestrando
Sair do automático exige coragem. Requer olhar para dentro e reconhecer que muitas das nossas atitudes estão baseadas em padrões inconscientes. Requer também aceitar que somos os principais responsáveis por nossa vida emocional, profissional e relacional.
É nesse ponto que a Logoterapia se torna um instrumento transformador. Ao nos ajudar a encontrar um sentido pessoal para o sofrimento, para o trabalho, para os relacionamentos e para a existência como um todo, ela nos convida a agir com mais autenticidade, consciência e responsabilidade.
Por exemplo, alguém que cresceu vendo os pais evitarem conflitos a qualquer custo pode ter aprendido que expressar sentimentos ou discordâncias é perigoso. Na vida adulta, essa pessoa pode ter dificuldades em impor limites ou se posicionar. No entanto, ao tomar consciência desse padrão e refletir sobre seu impacto em sua vida atual, ela pode escolher agir de maneira diferente — mais assertiva, mais autêntica.

Ao trazer à tona essas questões, a Logoterapia propõe que cada ser humano é capaz de se tornar autor da própria história. E isso começa quando deixamos de agir no impulso, no automático, e passamos a refletir sobre nossas reais motivações, nossos valores e o legado que queremos deixar.
Assumir responsabilidade sobre nossas escolhas é um passo essencial para uma vida mais plena. É entender que, embora sejamos influenciados por múltiplos fatores, temos o poder de mudar a direção do nosso caminho.
Então porque fazemos o que fazemos? Muitas vezes, porque aprendemos assim. Mas a boa notícia é que podemos desaprender. Podemos questionar, reconstruir nossos comportamentos a partir de escolhas conscientes, com base nos nossos valores e no sentido que damos à vida.
Se você sente que está vivendo no automático, repensando seus padrões e buscando um novo sentido para suas ações e decisões, saiba que essa jornada é possível.
E ela começa com uma simples pergunta:
“Por que faço o que faço?”

Conheça a Santosclín
A Santosclín é a primeira clínica de Psicologia e Logoterapia do Vale do Paraíba, oferecendo um atendimento humanizado em psicoterapia e acessível para quem busca equilíbrio emocional, propósito de vida e autoconhecimento. Nossa missão é diminuir o índice de ansiedade e depressão da cidade em que atuamos, proporcionando um espaço acolhedor onde cada pessoa possa encontrar sentido para sua existência.
Na Santosclín, acreditamos que a transformação começa no interior de cada um. Se você busca um novo olhar sobre a vida, estamos aqui para caminhar com você!
Referências bibliográficas:
-
- FRANKL, Viktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis: Vozes, 2011.
- FRANKL, Viktor E. A vontade de sentido: fundamentos e aplicações da logoterapia. Petrópolis: Vozes, 2012.
- BATISTA, Adriana Tanese Nogueira. Viktor Frankl e a busca de sentido na vida. São Paulo: Paulinas, 2020.
YALOM, Irvin D. Psicoterapia Existencial. Porto Alegre: Artmed, 2006.